Surpreende-me que a época de saldos transforme espaços comerciais de marcas de reconhecida notoriedade mundial em autênticas feiras, onde se amontoam os restos de colecção das últimas décadas, e onde se disputam, entre cotoveladas e empurrões, peças que já há algum tempo não viam mais do que a escuridão dos armazéns onde estavam esquecidas.
Parece-me que, a pretexto de saldos, o ambiente criado e gerido ao pormenor para cada um destes espaços não deve ser negligenciado e que o prejuízo de imagem que esta transformação motiva é bem maior do que os proveitos que conseguem ter nesta ocasião.
Felizmente ainda existem espaços que não se deixam influenciar por esta loucura e onde os saldos se traduzem em descontos comerciais aos produtos da época que passou, que continuam a ser vendidos da mesma forma, com o requinte e distinção de sempre.