Estava fora do país em trabalho quando o primeiro-ministro anunciou o pedido de resgate ao FMI. Nesse mesmo dia, várias pessoas de diferentes nacionalidades, abordaram-me sobre a situação, mostrando interesse, preocupação, solidariedade.
Na viagem para cá, pensava para comigo, que de facto não há memória de Portugal ter idêntico protagonismo na agenda mediática internacional. A crise portuguesa é o tema de abertura de noticiários e está na primeira página dos mais reputados órgãos de comunicação social do mundo!
Apesar da negatividade do assunto em causa, a questão que se me colocava, era até que ponto esta situação de favorabilidade mediática extremamente negativa, não poderia ser transformada num sentimento positivo para com o nosso país. Quem sabe incentivar o turismo?!
Se considerar o exemplo dos meus colegas estrangeiros que estavam comigo em Estocolmo nesse dia, o sentimento nas suas palavras era até bastante positivo!
Claro que aproveitei para os convidar a visitar o nosso país e ficou a promessa que seria para breve.
Será esta a hora certa para fazer arrancar um plano de comunicação de Portugal para o mundo?
Pois nunca foi tão oportuno!
A oportunidade de capitalizar o protagonismo que Portugal tem tido nos media internacionais num sentimento positivo junto das pessoas, capaz de lhes despertar a vontade para nos visitar, é agora, é hoje, é já!
Portugal e o investimento nas energias renováveis esteve em grande destaque no The New York Times. (aqui)
Um bom trabalho de comunicação que resultou num artigo de grande relevo, com direito a chamada de primeira página, que vem empolgar o sentido de oportunidade do investimento português nas energias renováveis como forma de reduzir a dependência do país nos combustíveis fósseis e que coloca a favorabilidade do governo português e o primeiro ministro José Sócrates em alta acentuada.
Como não acredito em notícias destas sem trabalho de fundo de RP, é de salientar a inteligência de quem a promoveu, sobretudo se considerarmos a má favorabilidade que os media nacionais têm envolvido todos os assuntos que envolvem o governo e o primeiro ministro José Sócrates. Em comunicação política, por vezes, a inspiração necessária para contrariar tendências negativas tem que vir de fora. Se vier dos USA, tanto melhor.
Apenas um reparo, a imagem dos portugueses na América continua longe de ser a desejável. Reparem aqui na foto de José Cristino, o agricultor que ilustra a notícia...
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