Domingo, 15 de Março de 2009

A palavra do consumidor e o valor da marca

Um estudo conduzido pela Context Analytics para a Text 100, conclui que em indústrias que envolvem uma maior pesquisa antes da compra, como a dos computadores, turismo ou automóveis, a comunicação editorial nos media chega a ser responsável por quase metade do valor da marca.

A metodologia do estudo utilizou uma combinação entre títulos, leads e menções em textos de notícias para chegar à conclusão que as notícias publicadas nos media são determinantes na decisão de compra.
 
Sem dúvida que a decisão de compra para este tipo de produtos não é espontânea ao ponto de ser a publicidade o único factor que a pode desencadear, e que as notícias veiculadas nos media, são uma fonte de informação fundamental na credibilização deste tipo de produtos. Considero, no entanto, que este estudo ignora que hoje em dia, e fundamentalmente nas novas gerações, um dos principais veículos de informação e conhecimento sobre produtos e marcas, são os conteúdos gerados pelos consumidores em fóruns, blogs e redes sociais. Estes conteúdos, não manipuláveis ao contrário de grande parte dos media de hoje, começam cada vez a ser mais relevantes e tidos em consideração na pesquisa antes da compra, na medida em que demonstram a opinião desinteressada e real de um consumidor do produto/marca em análise.
 
Se o desempenho nos media, pode ser responsável por quase metade do valor da marca, qual o valor da opinião do consumidor nesta contabilização? São necessários novos estudos que reequacionem o valor da marca tendo em conta um novo paradigma da comunicação.
publicado por uriel oliveira às 20:21
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1 comentário:
De propagandaearte a 18 de Março de 2009
Caro Uriel:
Pelo que diz acerca desse estudo posso concluir que deva estar ocorrendo uma utilização mais ampla das Relações Públicas. Na verdade isso já é fato consumado hoje em dia. Todos nós que trabalhamos de uma forma ou de outra ligados à comunicação social sabemos a relevância que sempre tiveram as RPs e, principalmente, a sua evolução para o estágio atual e isso, sem dúvida, está auxiliando em muito a divulgação através da informação, de produtos e/ou serviços que necessitem de pesquisa mais aprofundada para sua aquisição ou contratação. Você mesmo coloca de forma correta esta “situação” no seu post. Há, no entanto, e não podemos deixar de perceber, a “matéria paga” veiculada em diversos meios de comunicação, que muitas vezes se confunde com as próprias notícias e contribui para a análise do leitor e sua tomada de decisão de compra por “A”, “B” ou “C” marca ou serviço.
Você também está correto quando diz “que a decisão de compra para este tipo de produtos não é espontânea ao ponto de ser a publicidade o único factor que a pode desencadear, e que as notícias veiculadas nos media, são uma fonte de informação fundamental na credibilização deste tipo de produtos.”
É postura característica de quem pretende comprar alguns desses produtos (um computador, por exemplo) efetuar uma pesquisa razoavelmente aprofundada para ter informações mais concisas sobre preço, praticidade, fabricante, assistência técnica, feedback, custo-benefício, opiniões de outros usuários e etc. É aí, penso eu, que entra a internet e os conteúdos decorrentes de blogs, fóruns e redes sociais; instrumentos de grande valia para o consumidor “cruzar informações” com as “matérias pagas”, as campanhas e as notícias sobre os produtos.
Só assim, ele poderá ficar devidamente informado sobre o bem que deseja adquirir e sentir-se por isso mesmo mais seguro quando for realizar a compra.
Importante não deixar de citar , portanto, o valor das opiniões disponibilizadas na rede acerca de milhares de produtos principalmente por não serem manipuláveis, mas, sim, de ampla verdade, sinceridade. Quem está satisfeito expressa isso claramente e quem não está claramente vocifera, destila, despeja na rede toda a incompatibilidade do produto com a espectativa de uso. Quanto a reequacionar o valor da marca, creio que , com o tempo, isso se acomodará, dispensando estudos mais aprofundados a respeito. O que acho que irá acontecer é um respeito, uma observação maior dos fabricantes ou representantes (no caso de produtos estrangeiros) pela importância atual das Relações Públicas quanto às informações que irão colocar nas campanhas de seus produtos. Principalmente, penso que irão (e arrisco dizer que já estar acontecendo) consultar mais os sites de relacionamento, fóruns e que tais; fonte inesgotável e principalmente, gratuita de conteúdo informativo preciosíssimo para seus planejamentos estratégicos.
Espero ter contribuído um pouquinho para sua opinião sobre o assunto e, principalmente, não ter falado nenhuma bobagem.

Grande abraço do Marco.

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