Apesar do líquido ser exactamente o mesmo, a nova garrafa/imagem da Gatorade (à direita), foi a principal responsável pela Pepsi ter perdido uma quota de mercado de 4.5% nas bebidas isotónicas com o volume de vendas a ter caído 17.5% nos primeiros seis meses do ano.
Um novo rótulo que simplifica o nome do produto para um “G”, parece ter confundido os consumidores sobre a identidade do Gatorade.
Aceito e compreendo a pretensão de tentar simplificar a marca para o “G”, desde que seja bem sustentada e planeada. O novo design é bastante mais simples, moderno e atractivo, mas pode não ser facilmente identificável pelos consumidores ou pode mesmo não corresponder às expectativas que têm da marca. Existem estudos que de uma forma bastante rigorosa permitiriam identificar estes problemas previamente, pelo que não se entende como a campanha foi para a frente com este handicap!
No passado fim de semana, no Super Bock Super Rock vi a Brandi Carlile pela terceira vez em palcos portugueses.
Achei curiosa a revelação que a cantora norte americana fez durante o concerto, quando afirmou que gosta muito de vir tocar a Portugal porque aqui tem a oportunidade de tocar para muitas pessoas, ao contrário do que acontece no seu país de origem. Esta revelação que à primeira vista até pode parecer um contra-senso, revela o sucesso que conseguiu alcançar no nosso país. Não desvalorizando as qualidades da música de Brandi Carlile, a meu ver, este sucesso nunca seria possível sem a mão da Super Bock e mostra bem o que o poder de comunicação de uma marca pode fazer.
The Story é uma música fortíssima, tem tudo para ser daquelas músicas que marcam momentos especiais, mas acredito que na base do seu êxito estrondoso no nosso país, está a forma como se encaixou e se revelou no anúncio da Super Bock.
Ainda bem que a Super Bock teve o bom gosto de escolher a música da Brandi.
A crise que vive a comunicação social, está a fazer com que os donos dos grupos de media europeus estejam a perder completamente a cabeça e em vez de tentarem procurar soluções que lhes permitam reinventar os seus business plan, andam desnorteados a lutar contra moinhos de vento.
Esta é a sensação que tenho perante a assinatura de um documento que designaram “Declaração de Hamburgo” e entregaram à Comissão Europeia, tendo como objectivo a protecção dos direitos de autor na internet.
Na minha perspectiva, não faz qualquer sentido a pretensão de exigir aos agregadores de conteúdos o pagamento pela pesquisa e referência às suas notícias, que por sua vez são disponibilizadas sem qualquer custo nos seus sites! Este pressuposto vai contra a lógica dos motores de busca e com isto contra a lógica da própria internet.
Se os media querem cobrar pelos conteúdos, então devem condicionar o acesso aos seus sites apenas aos utilizadores pagantes, que aliás é o que defendem alguns meios norte americanos de grande dimensão. Para mim, ninguém está disposto a pagar por aceder a notícias na web e o futuro dos media passa necessariamente pela sua capacidade de gerar receitas publicitárias, mas há quem aposte que este vai ser o futuro. A ver vamos…
Na verdade o que os grupos de media que assinaram a Declaração de Hamburgo pretendem fazer é conciliar o inconciliável, ou seja, por um lado mostrar grandes números de audiência que lhes permitam aumentar as receitas publicitárias, e por outro lado cobrar o acesso aos conteúdos às entidades que lhes permitem garantir a maximização desses mesmos números.
O Google, perante a declaração de Hamburgo, disse e bem, que os sites que pretendam proteger os seus conteúdos, podem fazê-lo tecnicamente através de uma tecnologia denominada Robots Exclusion Protocol (REP) que permite controlar a divulgação de sites ou páginas de Internet nos agregadores de informação.
Isto quer dizer que a decisão de disponibilizar ou não os conteúdos parte dos próprios meios e não dos agregadores de conteúdos. Então porque não decidem fazê-lo? Fácil, não o fazem porque o Google e outros agregadores garantem-lhes ao mesmo tempo redireccionar pessoas para os seus sites, garantindo-lhes com isto visibilidade e consequentemente receitas publicitárias.
Com isto o que pretende exactamente a Declaração de Hamburgo? Pelas palavras de Francisco Pinto Balsemão, presidente do European Publishers Council, ao afirmar que a declaração é um apelo aos governos a nível mundial que apoiem o copyright de autores, editores e operadores audivisuais na internet, quase me atrevo a pensar que são subsídios estatais.
Com o objectivo de projectar a Schweppes como uma bebida leve para adultos, a Publicis Mojo concebeu este filme de 12 minutos para distribuição viral. O filme, intitulado “Signs”, em apenas 4 semanas registou 1 milhão de visualizações no Youtube e foi posteriormente distinguido com um Lyon em Cannes.
Nas entrelinhas da história de amor, descubram a garrafa da Schweppes e a mnemónica “schhhhhhh”.