Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2008
Depois de um ano marcado pela associação a grandes oportunidades de comunicação, algumas delas sacrificadas pela Sagres, em virtude do patrocínio milionário que fez à Liga de Clubes, a Super Bock fecha o ano em beleza, brindando na televisão com milhões ao novo ano.
Parece-me coerente a estratégia assumida pela Super Bock, igual a si própria e fazendo prevalecer os valores que a colocam no centro da festa e parece-me uma loucura a estratégia da Sagres ao condicionar toda a sua comunicação a um activo que apesar de representar o futebol em Portugal, não incorpora o que o futebol tem de melhor: paixão.
Bom ano novo! :)
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O banco que investiu nos últimos cinco anos mais de 15 milhões de euros no futebol, que conseguiu resultados importantíssimos ao multiplicar o seu retorno várias vezes e sobretudo ao revitalizar a sua marca, propôs aos clubes um corte no orçamento.
A mim parece-me claramente uma má estratégia. Tudo o que conseguiu no futebol nos últimos anos, ao sair, facilmente será capitalizado para outra marca, que se for um banco, lhe vai trazer sérios prejuízos de imagem. Acredito que o Millennium bcp, apesar da crise, e apesar do momento conturbado que vive, esteja a “esfregar as mãos”, e que as recentes aproximações que tem vindo a fazer ao futebol não tenham sido por acaso.
É difícil alavancar hoje em dia um patrocínio no futebol, a concorrência é muita e a multiplicação de suportes e oportunidades aumenta essa dificuldade. O BES tinha conseguido uma estratégia de sucesso no futebol que agora deixa em aberto para ser continuada por quem vier a seguir.
O patrocínio não pode ser visto como um gasto, que se acciona em tempos de “vacas gordas” e se dispensa em tempos de “vacas magras”. Os efeitos de uma decisão desta natureza medem-se na relação da marca com o consumidor e consequentemente nas vendas.
Parece-me certa a decisão dos três principais clubes portugueses, que não deixaram desbaratar o seu principal activo e não cederam às pressões da crise que se anuncia. O futebol é o maior activo de patrocínio em Portugal, pelo que deve ser preservado e fundamentalmente gerido profissionalmente. Acredito que não faltem ofertas para estar presente nas suas camisolas, sem dúvida os melhores suportes de patrocínio do futebol português.